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Startup Weekend é Educação para o Futuro!



O que você vê na fotografia, abaixo? Observe com atenção!




Você pode imaginar que é apenas um grupo de pessoas em um momento de diversão. Porém, meu caro, é muito mais que isso! Isso é o registro da educação profissional acontecendo dentro do IFRO, durante a Startup Weekend Porto Velho (http://portal.ifro.edu.br/component/content/article?id=3123).


Volte e veja as primeiras fotografias, novamente, por favor! Observe estudantes de ensino técnico, estudantes de graduação, estudantes de pós-graduação e professores, juntos, em condição de igualdade, desenvolvendo ideias para novos negócios. Eles estiveram engajados com essa atividade durante o final-de-semana inteiro e, o mais surpreendente, eles não me pareceram entediados...

Na Finlândia, visitei dois fantásticos ambientes para a aprendizagem profissional com proposta similar: ProAkatemia (http://proakatemia.fi/en/) e Demola (https://tampere.demola.net/). Em ambos, estudantes, professores (facilitadores!) e Companias são organizados em equipes de desenvolvimento dedicadas a novos produtos e serviços. As novas soluções desenvolvidas devem estar focadas em problemas reais, com potencial para financiamento pelas Companias locais, regionais ou internacionais. Assim, fomenta-se o surgimento de novos negócios, novas empresas, novos empregos. Enfim, a educação profissional materializa-se ao auxiliar o desenvolvimento de negócios e de profissionais para a comunidade de aprendizagem. Uma ótima ideia em tempos de dificuldades!

Sala de negociação de Demola, Tampere, Finlândia


Contudo, quero destacar outros aspectos dessa atividade.

Primeiro, todos os envolvidos devem demonstrar capacidade de comunicação, pois precisam dizer suas necessidades de forma clara. E, também, precisam compreender a necessidade do outro membro da equipe ou o do cliente. Isso é o conjunto chamado habilidades de comunicação.

Estudantes e professores em conferência com as lideranças políticas e empresários locais


Segundo, todos os envolvidos devem buscar a melhor informação necessária para a resolução do problema, em qualquer lugar, especialmente com o uso de ferramentas digitais que permitem a busca instantânea (Google, Facebook, Whatsapp e outros). Isso é o conjunto chamado Alfabetização digital.
A alfabetização digital é mandatória para os profissionais do Sec. XXI


Terceiro, todos devem ser capazes de apresentar a propria opinião e escutar a opinião de outra pessoa, sempre mantendo a polidez. Cada um deve selecionar aquilo que é útil a partir das informações disponívies e, em equipe, desenvolver a melhor solução. Isso é o conjunto Trabalho colaborativo.
Estudantes e professores concentrados em escutar e entender aquilo que o interlocutor precisa


Quarto, considerando toda informação disponível, todos deverão ser capazes de julgar qual tem origem em uma fonte confiável e, então, que pode ser utilizada. Isso é o conjunto chamado Pensamento crítico.
Caminho a ser percorrido para o desenvolvimento de uma ideia que será apresentada ao público


Quinto, no desenvolvimento do produto/serviço, eles deverão demonstrar as competências profissionais mínimas necessárias para a efetivação da ideia no mundo real. Assim, precisão dos conhecimentos sobre programação, sobre matemática, sobre química, sobre gestão ambiental, sobre aquilo que é fundamental para a realização da proposta. Sempre é preciso aprender. Isso é aprendizagem ao longo da vida.

Os cinco pontos de destaque realizados estão relacionadas as Habilidades para o Século XXI (http://porvir.org/conheca-competencias-para-seculo-21/), Habilidades para a Empregabilidade (http://www.rhportal.com.br/artigos-rh/empregabilidade-competncias-pessoais-e-profissionais/) e Habilidades para a Trabalho em 2020 (http://exame.abril.com.br/carreira/10-competencias-que-todo-professional-vai-precisar-ate-2020/).

O argumento é: o ensino de empreendedorismo na educação profissional é uma necessidade, para o estudante e para a comunidade. É dessa forma que iremos preparar novos profissionais e novos negócios com resiliência para sobreviver no mundo real. Observe que perseguir esse objetivo não implica em abandonar conhecimentos gerais e acadêmicos, pois eles serão a base para a construção das inovações. Portanto, a Educação para o Futuro precisará conciliar a aprendizagem de conteúdos acadêmicos com um cenário focado no desenvolvimento de soluções para problemas autênticos. Os estudantes estarão felizes e engajados em aprender.

Startup Weekend é Educação para o Futuro. Isso é #EDU4F!




Startup Weekend is Education for the Future!


What do you see in these pictures, below? Pay close attention!



You may figure out it is a regular meeting between friends having fun. However, my dear, it is something totally different! It is a record of the professional education happening at IFRO, during the Startup Weekend Porto Velho (http://portal.ifro.edu.br/component/content/article?id=3123).


Come back and take a look at the first pictures, again, please! Observe vocational education students, undergraduate students, post-graduation students and teachers, together, in the same condition, developing ideas for new business. They were committed with this challenge all weekend long and, the most surprising, they didn't appear bored...

In Finland, I visited two terrific professional learning environments, with similar context: ProAkatemia (http://proakatemia.fi/en/) and Demola (https://tampere.demola.net/). In both places, students, teachers (facilitators!) and Companies are get together in development teams which are dedicated to new products or services. The new solutions should be focused on real problems, with potential interest from local, regional or international companies. Thus, new business and new companies may born inside that educational context. Then, the professional education makes sense when helps the development of its own professional community. I believe it is a great idea, mainly in hard economic times!

Meeting room at Demola, Tampere, Finland


But, now, I'd like to highlight other points from that activity.

First, everybody should demonstrate communication skills, because each one has to say clearly what he/she needs. And, also, should understand clearly the interlocutor's needs (staff member or client). It is a set called communication skills.

Students and teachers in a meeting with political leaderships and local entrepreneurs.


Second, everybody should seek the best information to solve a problem, anywhere, mainly taking digital tools that allow an instantaneous answer (Google, Facebook, Whatsapp and other). It is called digital literacy.
Digital literacy is mandatory for 21st Century professionals


Third, everybody should state his/her own opinion and listen the opinion from another person, always being polite. Everybody should select those things which he/she believes useful from all information available and, as a team, to develop the best solution. It is collaborative work.
Students and teachers listening and understanding what is the interlocutor's needs.


Fourth, regarding the whole information about some subject, each team member should argue about which one has a confident source. It is critical to take something to support his/her product or service and to be skeptical about everything. It is called Critical thinking.
The pathway for developing ideas inside the Startup Weekend Challenge


Fifth, while developing the product/service idea, everybody should demonstrate his/her professional skills to bring a concept for the real world. Thus, the team needs knowledge about coding/programming, about chemistry and environmental management, about new things that might help them to develop the solution. Always is time to learn. It is lifelong learning.

The five highlighted points are related to 21st Century Skills (http://www.p21.org/our-work/p21-framework), Employability skills (https://www.kent.ac.uk/careers/sk/top-ten-skills.htm) and Future Work Skills 2020 (http://www.iftf.org/futureworkskills/).

The main point is: learning entrepreneurship in professional education is mandatory, for students and for learning community. Doing that, we will guide the new professionals and the new business with enough resilience to survive in the real world. Bear in mind that following these aims doesn't mean avoiding general academic subjects, because they are the base for innovations. Therefore, the Education for the Future must agglutinate learning academic contents with authentic and real problem solving. It is feasible inside a professional education context. Thus, we will get happy and committed students.

Startup Weekend is Education for the Future. It is #EDU4F!

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